Amizade entre humanos e animais faz bem para a saúde

20 de julho de 2020 – Atualizado em 20/07/2020 – 1:42pm

Companheiros divertidos, carinhosos e indiscutivelmente fofos, os animais de estimação fazem bem não apenas para o coração, mas também para a saúde. No Dia do Amigo, celebrado hoje (20/07), o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso (CRMV-MT) reforça os benefícios de ter um parceiro peludo ou penudo e reafirma que a promoção do bem-estar animal é papel de toda a sociedade.

Segundo a médica veterinária Dra. Fernanda Souza, a convivência com os pets aumenta significativamente a produção dos chamados “hormônios da felicidade”, como por exemplo a serotonina e dopamina gerando melhoria na qualidade de vida dos tutores.

Uma pesquisa realizada pela Mars Petcare em parceria com o Human Animal Bond Research Institute (HABRI), nos Estados Unidos, comprovou como a interação com os pets pode ser benéfica para os seres humanos, principalmente quando é relacionada ao isolamento social, a solidão e suas consequências.

Cerca de 26% dos entrevistados entendem a importância dos animais para a saúde mental. Além disso, 80% dos entrevistados que possuem pets confirmaram que eles se sentem menos solitários por terem a presença dos bichinhos.

Confira abaixo a entrevista completa com a médica veterinária Dra. Fernanda Souza que é formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em Medicina Veterinária na área de Cirurgia pela mesma universidade e atualmente atua como sócia proprietária e Responsável Técnica de uma clínica veterinária em Cuiabá.

Quais são os principais benefícios de ter um animal de estimação em casa?

Os benefícios são inúmeros, mas dentre os principais, podemos citar a melhoria na qualidade de vida dos tutores, pois a convivência com os pets aumenta significativamente a produção dos chamados “Hormônios da felicidade”, como por exemplo a serotonina e dopamina; A redução da sensação de “solidão, uma vez que os animais acabam se tornando membros da família; O incentivo a prática de atividades físicas, uma vez que seus companheiros precisam se exercitar, e consequentemente os humanos acabam se exercitando também. A diminuição da pressão arterial, prevenção contra doenças alérgicas/respiratórias e auxílio no controle da depressão.

Ter um pet pode ajudar a desenvolver o senso de responsabilidade de uma criança?

Com certeza. O convívio com animais de estimação traz uma série de benefícios para as crianças. Elas podem participar de todas as atividades realizadas com os bichinhos, desde o momento de colocar a comida, água, cuidados com a higiene do pet (sempre supervisionados pelos pais), idas ao veterinário. A criança que convive com o animal de estimação, acaba desenvolvendo diversos aspectos, como solidariedade, afetividade e responsabilidade.


Cães e gatos são os animais mais comuns nas casas dos brasileiros, mas existem outras espécies que também trazem todos esses benefícios?

Sim, inclusive a procura por essas espécies exóticas de pets tem crescido cada vez mais. Os mais procurados atualmente são o Mini Pig (mini porco), o furão, a iguana e o porquinho-da-índia. Lembrando que é importante frisar que essas espécies possuem diferentes necessidades, e é importante que o tutor conheça bem cada uma delas, antes de adquirir um bichinho com essas características.

Quais as dicas para quem quer ter um amigo animal, mas mora em apartamentos pequenos? Quais se adaptam melhor em espaços menores?

Para aqueles tutores que moram em espaços mais reduzidos, damos as seguintes dicas: reservar um tempo para os passeios diários (ideal duas vezes ao dia, sendo que a duração será de acordo com a demanda energética de cada animal); realizar a educação sanitária do pet, para que ele se adapte a fazer as necessidades durante o passeio, ou em locais específicos; investir em brinquedos e atividades de estímulo mental, nos momentos de ausência dos tutores, para que o animal não acabe destruindo objetos ou fazendo muita bagunça.

Na teoria tanto gatos, quanto cães de diferentes portes, são adaptáveis a espaços menores, mas sempre que possível, indicamos animais de porte menor, ou cães de raças com um temperamento mais tranquilo, para evitar que a restrição de espaço se torne um problema para ambos (tutor e pet).

Fonte: Assessoria de Comunicação CRMV-MT